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ANÁLISE TÉCNICA TRADICONAL
E OS TREND-FOLLOWERS

 

 

“A Análise Técnica Tradicional é uma tentativa de encaixar o mercado dentro de parâmetros que conseguimos enxergar (LTA`s, LTB`s, triângulos, retângulos etc.), associados à psicologia de massa, mas tudo isso não existe na verdade! O mercado é caótico e o que tentamos fazer é encontrar ordem, é o que a mente humana faz por instinto de sobrevivência em qualquer situação da vida, encontrar ordem! Muitas vezes o que acontece mesmo é que o movimento esperado coincide com o movimento do mercado, gerando lucro para 22% dos Day-Traders e Swing-Traders que operam com estratégia e experiência, e prejuízo para os restantes 78% dos Traders. Seguir tendências é completamente diferente, pois para os Trend Followers não existe o "Movimento esperado  com seus respectivos alvos", mas sim somente o movimento de alta ou baixa, que é operado de maneira sistemática, sem nunca querer prever alvos, retrações, figuras etc... Os Trend Followers seguem a tendência, somente a tendência e nada mais!”

 

 

 

SOBRE SER SIMPLES

 

Simples não quer dizer simplório, medíocre ou mal feito, mas tão elaborado que só seja apresentado ao usuário o que realmente é imprescindível. A simplicidade pode ser mais complexa do que a própria complexidade. Para ser simples é preciso ser exato! Então eu uso apenas dois indicadores, pois o excesso de indicadores pelos quais passa nosso cérebro durante a análise técnica tradicional confunde o hipocampo – região onde acontece o processo de memorização e, com isso fica cada vez mais difícil de as informações serem armazenadas e processadas. Diante de tantos indicadores, como conseguimos lidar com todos esses dados? Simples: Ignorando a maioria deles!


 

SOBRE O CONFLITO DE INTERESSE:

 

Um problema grave que afeta 99,99% dos sites de análise de investimentos é que quase todos estão ligados de uma maneira ou outra a alguma corretora de ações ou banco de investimentos, gerando assim uma relação promíscua entre os (sites / cursos / analistas) e a corretora. Imagine um especialista em compra de carros que seja proprietário de uma concessionária de veículos Ford, ou um médico que receba “incentivos” de um determinado laboratório. O especialista deve ser em primeira instância confiável, e a credibilidade deve ser sua arma, e seu compromisso deve ser somente com seus clientes. 


 

O CLIENTE COMO MERCADORIA 

 

Quando você é apresentado ao mercado de ações, todos falam das maravilhas e das potencialidades deste sistema, e poucos falam ou mostram do que realmente ele é composto.


Saiba enxergar o que está atrás das cortinas. O mercado de ações é sem dúvida uma invenção maravilhosa, mas que está longe de ser uma Shangri-la de boas intenções. Para se ter uma correta noção das coisas é preciso identificar claramente qual é o real papel e interesse de cada componente do mercado, pois caso contrário você correrá o risco de "colocar a raposa para tomar conta do galinheiro".


E este sistema é realmente bastante complexo, com novos players e interesses surgindo a cada momento, de forma que é impossível listar todas as relações e conflitos de interesse existentes. Mas o objetivo deste artigo não é o de apresentar todas essas relações, mas sim chamar a atenção para essas relações espúrias, esperando então que você passe a pensar criticamente nas proposições que lhe estão sendo dadas. Apenas para exemplificar casos de conflitos de interesse explícitos vamos abordar duas situações comuns ao nosso mundo.

     
A primeira tem lugar nas corretoras. Que as corretoras são necessárias não se questiona. Que elas fazem um excelente trabalho como agente de custódia também não precisa falar. Que têm um importante papel na captação de novos participantes para o mercado de ações também é óbvio. Mas a partir do momento em que o cliente abre a conta na corretora nasce o conflito de interesse. As corretoras vivem e prosperam em função da corretagem, e para haver corretagem tem de haver giro, compra e venda, e por isso o que vemos por aí é o incentivo às operações de giro rápido. Mas esse é o melhor caminho para o recém-conquistado cliente? É essa a melhor forma dele obter ganhos consistentes nos mercados? Acho que vocês já sabem a resposta.

   
O segundo exemplo tem lugar nos cursos formadores de traders. Que eles prestam um ótimo serviço criando um ambiente de troca de idéias, nem precisa falar. Que possuem cursos de valor para apresentar o trader iniciante ao ambiente de mercado também fica claro. Mas a partir do momento em que essas companhias se vêem compelidas a manter o recém-conquistado cliente, como uma fonte constante de receita, nasce então o conflito de interesses. Cursos e mais cursos (cuja utilidade do conteúdo são altamente questionáveis) são inventados e reenviados para serem ofertados aos clientes. De tempos em tempos um novo setup é apresentado, ficando em moda enquanto há espaço para serem explorados comercialmente. Palavrinhas mágicas são lançadas em fóruns, logo se transformando em DVDs ou webminars.


Não havia ainda pensado nisso? Então segue a cereja do bolo: parcerias entre corretoras e instituições de formação de traders, cujas vantagens para ambas as partes deixo para o leitor especular.

 
Se pergunte sempre a quem interessa a divulgação dessa ou daquela informação. Você está sendo incentivado a gerar giro na corretora? Você está sendo incentivado a adquirir informações a toque de caixa, que provavelmente nunca terão utilidade alguma para a sua formação? Um sistema que até então era a coqueluche do fórum foi praticamente abandonado e trocado por a "brand new one"?


Nesse mercado não há almoço grátis. Há um ditado que diz que quando você não consegue identificar o que está sendo vendido em uma oferta, é porque o que está sendo vendido é você. Então fique atento; seja mais crítico com o que você consome; fuja de gurus e pacotes milagrosos; seja um colaborador e não um seguidor; crie, erre e aprenda com o seu próprio sistema.


Por fim, lembre-se que aquele que verdadeiramente ensina provê as bases para o seu desenvolvimento, enquanto que aquele que faz do ensino um comércio provê distrações para mantê-lo sempre ao seu alcance. É seu papel diferenciar uma situação da outra, sob o risco de se tornar mais uma peça de manobra no tabuleiro do mercado.